Américo Poteiro

Narrador da vida simples do Estado de Goiás, Souza Netto,seguindo a tradição dos barristas brasileiros, assume uma linguagem plástica de grande vigor e movimento, tendo por temas preferenciais o povo das roças, dos engenhos, os homens do garimpo e os trabalhadores do algodão, do café e do tabaco, os madeireiros e as agentes das minas, o autor veste-os para as festas dos padroeiros e para os bailões de fim-de-semana e enfeitando as mulheres de flores e laços, colorindo tudo com o jeito de quem procurana pausa e na música do sanfoneiro, força para continuar a labuta.

Toda configuração se anima com rítmos próprios, dorando os corpos sob a magia dos cantares e da dança, arredondando os olhos de espanto e vivacidade.

Agrupados, os elementos constituem cirandas ordenando-se ora dentro de rigorosas leis da simetria ora ao compasso das canções que se advinham entoadas em coro nas eiras e nos terraços, no largo fronteiro à casa grande nos recintos, um pouco por todo o lado.

Estimulado pela vivência da terra, verdaeiro paraíso de onças, tmanduás e sucuris, Souza Netto não poderia alhear-se da abundante fauna que invade o quotidiano das pessoas mesmo que só através de lendas e ditos. Esta é a razão porque, misturando-se com os seu personagens os animais são uma presença importante do decorativismo que cultiva.

Pelo caráter das sua peças e pela notável intuição com que as modela e esculpe, Souza Netto bem merece o destacado lugar com que, entre nós, já é referenciado.

 

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